Criciúma: servidores(as) municipais paralisam atividades e não descartam greve geral

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Os servidores(as) municipais de Criciúma paralisaram as atividades durante esta segunda-feira, dia 15, em protesto contra as medidas que estão sendo adotadas pelo prefeito Clésio Salvaro (PSDB), e que atacam diretamente os direitos dos trabalhadores(as) que atuam no serviço público do município.

Entre outros pontos, os servidores(as) reivindicam a reposição da inflação acumulada desde 2019, que representa atualmente uma perda salarial de 14,61%. O prefeito, no entanto, está oferecendo apenas 4,36%, mantendo assim uma perda de 10,25%. Por conta disso, em determinados casos, algumas categorias poderão receber menos que um salário mínimo entre janeiro e abril do ano que vem, período em que anualmente ocorre a data-base.

O governo municipal de Criciúma também quer mexer na carreira dos profissionais do magistério. Atualmente, os professores com graduação recebem 20% a mais do que aqueles com nível médio – magistério. Conforme projeto de Lei apresentado pelo prefeito, esse percentual seria reduzido para 5%. A justificativa vergonhosa da administração é de que se faz necessário reduzir o salário de quem tem graduação, pós-graduação e mestrado para possibilitar o pagamento do piso da categoria.

Trabalhadores mobilizados

Durante a tarde desta segunda-feira, os servidores(as) estiveram na Câmara de Vereadores para explicar o tamanho dos ataques que estão sendo promovidos e os prejuízos que serão causados caso o projeto de Lei seja aprovado. Segundo avaliação da presidenta do Siserp, sindicato que representa os trabalhadores(as) municipais de Criciúma, Jucélia Vargas, a maioria dos vereadores deve votar contra o texto apresentado pelo Executivo. 

Entretanto, ao longo desta terça-feira, os servidores irão acompanhar a tramitação do texto nas Comissões e na Câmara. Às 19h será realizada então uma nova assembleia, quando os trabalhadores(as) irão deliberar se entram ou não em greve.

“Estamos lidando com um governo extremamente ditador e assediador. No fim de semana, o prefeito chegou a fazer um vídeo chamando os servidores de “vadios”. É uma situação extremamente complicada”, relata Jucélia.

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