O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado na República Dominicana, em 1992.
No evento, que reuniu mais de 300 representantes de 32 países, foram discutidos problemas que afetam todas as mulheres, mas que trazem ainda mais obstáculos para as mulheres negras, como machismo, formação profissional, maternidade, racismo, preconceito, além da opressão de gênero e a exploração de classe.
No Brasil, em 2014, foi instituído por meio da Lei nº 12.987, o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais referências femininas de resistência e liderança na luta contra a escravização.
Tereza de Benguela liderou o Quilombo de Quaritetê, no Mato Grosso, após a morte do seu marido. Instituiu normas para o funcionamento do quilombo e liderou a luta contra os portugueses. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas. Tereza foi assassinada em 1770 após ser capturada por soldados.
Enegrecer o serviço público
Recentemente, a Confetam lançou a campanha “É hora de enegrecer o serviço público!”, a fim de reconhecer a importância da representatividade e da equidade racial no serviço público municipal. Lançada durante o Julho das Pretas de 2023, a mobilização é apresentada em sintonia com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, reforçando a luta pela igualdade de oportunidades, pelo fim do racismo estrutural e pela garantia de direitos para as mulheres negras.
A Federação dos Trabalhadores Municipais reverencia a data como forma de dar visibilidade à resistência das mulheres negras e fortalecer a luta pela emancipação feminina na sociedade. É dia de reverenciar todas aquelas que, ao longo da história do Brasil, foram protagonistas das trajetórias de luta contra a opressão.
Viva Tereza de Benguela! Viva todas as mulheres negras!
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