8M: mais do que homenagens, é momento de enfrentamento às desigualdades de gênero

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A luta das mulheres é uma batalha histórica pelo direito à participação ativa na vida pública, no trabalho, na representatividade política e em tantos outros espaços. A luta das mulheres é indissociável da luta de classes, na qual exercem uma enorme resistência contra o poder dominante e, ao mesmo tempo, de compromisso com a classe trabalhadora.

Muito além das pautas feministas, as mulheres lutam pela igualdade para todos como condição de cidadania. A base de tais desigualdades está na consolidação do capitalismo, responsável por provocar um conjunto de alterações de ordem econômica, social e política que repercutem diretamente na vida das mulheres.

Entretanto, há algo que jamais será apagado da história: o papel da mulher no movimento de emancipação dos trabalhadores e das próprias trabalhadoras.

Mesmo registrando avanços, as mulheres ainda sofrem com a desigualdade de gênero em diversos aspectos. Um deles diz respeito à remuneração. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018 mostram que o salário médio de uma funcionária pública no Brasil é 25% menor que o dos homens. 

As mulheres são maioria no serviço público municipal, principalmente na área da Educação. Mas, lamentavelmente, o setor público ainda reproduz a divisão sexual do trabalho. O acesso de homens e mulheres a áreas mais valorizadas do serviço público é bastante desigual: as mulheres continuam concentradas em ocupações consideradas “tipicamente femininas” e de pior remuneração.

O contexto social para as mulheres brasileiras agravou-se com o governo de Jair Bolsonaro. Um presidente da República que faz declarações públicas afirmando que sua filha, por ser mulher, é fruto de uma “fraquejada”, o que não teria acontecido com os demais filhos, todos homens. Bolsonaro vai além, e mostra-se ainda mais asqueroso quando, em 2016, dedica ao torturador Brilhante Ustra o seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente do Brasil.

Não basta apenas reconhecer as injustiças. É preciso colocar em prática medidas de enfrentamento às desigualdades de gênero. Para isso, o poder público possui inúmeras formas para proporcionar condições que garantam um equilíbrio maior entre homens e mulheres. É necessário ainda, a partir da unidade entre todos e todas, romper com a exploração da mão de obra feminina praticada pelo capital. São decisões políticas fundamentais para as mudanças estruturais tão necessárias à sociedade atualmente.

Por isso, as mulheres gritam neste 8 de março: 

Pela vida das mulheres, Bolsonaro nunca mais!

Por um Brasil sem machismo, racismo e fome.

#8M

#8MSC

#FetramSC

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