Em uma demonstração de força e união, servidores públicos das três esferas – municipal, estadual e federal – realizaram um ato unificado em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), nesta terça-feira (22). A manifestação teve como objetivo principal protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023 e o confisco de 14% dos proventos dos servidores aposentados.
O ato aconteceu em conjunto com a mobilização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE-SC), que realizou assembleia e ato com trabalhadores da rede estadual de educação no mesmo dia em que o Projeto de Lei (PL) que reajusta as faixas da tabela salarial do magistério público estadual foi aprovado na ALESC.
Os manifestantes expressaram sua indignação com a PEC 66/2023, alegando que a proposta prejudica os servidores públicos e representa um ataque à previdência. Jucélia Vargas, presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), condenou a PEC “Esta PEC é um ataque direto aos servidores públicos e à nossa previdência! Chega de colocar o peso dos problemas do país nas costas dos trabalhadores!”.
Em um apelo direto aos deputados estaduais, Jucélia Vargas exigiu um posicionamento contrário à PEC “Deputados e deputadas de Santa Catarina, estamos aqui para dizer que não vamos aceitar a PEC 66! Essa proposta prejudica os servidores e a previdência, e exigimos que vocês votem contra ela!”.
Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC, destacou a união dos servidores públicos contra as reformas que retiram direitos dos trabalhadores: “A presença massiva dos servidores aqui hoje demonstra a nossa união contra essa e qualquer outra reforma que retire os nossos direitos!”.
Anna Julia também afirmou que PEC 66 representa um retrocesso que “equivale a condenar os servidores públicos à escravidão”. Ela conclamou os servidores a pressionarem os deputados federais a votarem contra a proposta: “Após uma vida inteira de trabalho, os servidores aposentados merecem desfrutar de sua aposentadoria com dignidade, e não pagar pela má gestão dos recursos públicos. Vamos pressionar os deputados para que votem contra essa PEC!”.
Além dos servidores públicos, o ato contou com o apoio e participação de dirigentes de sindicatos da rede privada.
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