A Fetram-SC se uniu a diversas organizações feministas, movimento sindical e movimento social na histórica Marcha do 8M, que tomou as ruas de Florianópolis nesta segunda-feira (10). Com o mote “Sônia Livre”, a manifestação denunciou a escravidão e o racismo, exigindo justiça para Sônia, mulher negra e surda mantida por mais de 40 anos em regime análogo à escravidão.
A concentração teve início na Praça Tancredo Neves, em frente ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), local que se tornou símbolo da luta contra a decisão que determinou o retorno de Sônia à casa do desembargador Jorge Luiz de Borba. A marcha seguiu pelas ruas da capital catarinense, encerrando em frente ao Terminal Integrado do Centro (TICEN).
A presidenta da Fetram-SC, Sueli Adriano, expressou a indignação da entidade: “A Fetram-SC se soma a este coro de vozes que clamam por justiça. O caso de Sônia é um retrato cruel da exploração que ainda assola as mulheres, especialmente as mulheres negras, em nosso estado e em todo o país. Não podemos tolerar que a justiça perpetue essa situação de escravidão moderna. Exigimos que Sônia seja livre e que os responsáveis por essa violência sejam punidos.”
Sueli Adriano também ressaltou a importância da união entre os movimentos sociais e sindicais: “A luta por Sônia Livre é a luta de todas nós. É a luta por uma sociedade justa e igualitária, onde nenhuma mulher seja explorada ou violentada. A Fetram-SC seguirá firme na defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras e na construção de um futuro livre de opressão.”
A decisão do TJ-SC, que atendeu ao pedido de reconhecimento de paternidade socioafetiva de Sônia feito pelo desembargador e sua esposa, gerou grande indignação e revolta. A marcha do 8M em Florianópolis foi um importante ato de repúdio a essa decisão, exigindo que a justiça seja feita e que Sônia tenha sua liberdade e dignidade garantidas
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