Trabalhadores/as da educação da rede estadual e municipais de ensino representados/as pelo SINTE-SC e pela FETRAM definiram ações unificadas contrárias ao retorno das aulas presenciais em 2020
Escrito por: Silvia Medeiros/FETRAM
Em reunião nesta quarta (15/10) com mais de 50 diretores sindicais de diferentes regiões os/as trabalhadores/as da educação da rede estadual e municipais de ensino representados/as pelo Sindicato dos/as Trabalhadores/as na Educação de Santa Catarina – SINTE/SC e pela Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina – Fetram/SC, definiram ações unificadas contrárias ao retorno das aulas presenciais em 2020 e pela continuidade da organização pedagógica atual com o distanciamento social e as atividades escolares a distância até o final do ano.
Uma portaria do governo estadual liberou o retorno das aulas presenciais a partir do dia 19 de outubro nas regiões que estão em situação de alto risco ou moderada. Atualmente em Santa Catarina apenas quatro regiões (Oeste, Xanxerê, Alto Vale e Médio Vale do Itajaí) se mantém dentro destas estatísticas, as demais regiões do estado estão em situação grave e não tem o retorno das aulas permitidas pela portaria estadual.
As duas entidades que representam os trabalhadores da rede estadual e municipal questionam essa liberação, visto o crescente número de casos em várias regiões de Santa Catarina e a falta de estrutura das escolas para garantir as condições de segurança aos trabalhadores e trabalhadoras da educação.
Luiz Carlos Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Santa Catarina – SINTE/SC destaca que a defesa da categoria é pela vida e contra a retomada das aulas. Segundo ele, há escolas que não receberam as adequações necessárias para garantir as medidas sanitárias básicas. “O que discutimos nas comissões formadas também por representantes do governo, debatendo sobre as mudanças necessárias para garantir o retorno com segurança, não foi implementado. A maioria das escolas não fizeram nenhuma modificação. Isso nos gera medo e insegurança do retorno”, salienta Vieira.
Lizeu Mazzioni, presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina – Fetram/SC, destaca a definição da entidade de ser contrária ao retorno no ano de 2020. “Estamos convencidos que o mais inteligente nesse momento é continuar combatendo a pandemia com o distanciamento social e as atividades pedagógicas a distância, definir que será assim até o final do ano e não gerar instabilidade e novos problemas com o ensino híbrido ou presencial sem as condições sanitárias necessárias”, reforça Lizeu.
De acordo com o coordenador da Fetram, os/as professores/as já estão fazendo um grande esforço físico, mental e pedagógico desde março para enfrentar a pandemia e manter as atividades escolares a distância. “Os gestores precisam ter gratidão por esse esforço dos professores e das professoras e ajudar na previsibilidade e planejamento do término do ano letivo. Já temos municípios anunciando esse encaminhamento e juntos com os Sindicatos vamos buscar essa definição em todo estado”, salienta.
As deliberações tiraram ações unificadas, entre elas a elaboração de uma carta com a posição das duas entidades de representação estadual e municipal.
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